Eusébio. Um nome, uma lenda. Pensamos em Eusébio e imediatamente associamos esse vulto a “tremoços”. E também a Portugal, vá lá. E vagamente à Amália e ao carismático par de lontras do Oceanário. É uma fama que perpassa gerações, nacionalidades e credos. Chegou a altura da homenagem da nossa SAD.
Aqui está Eusébio representado na flor da sua idade, pujante como nunca. Um equipamento imaculadamente negro, como negra era a vida de quem lhe tentava fazer um túnel. Uma frondosa extensão capilar, com duas pontas soltas a tombarem-lhe sobre a fronte, emprestando um elevado quilate estético a esta força da Natureza tornada jogador. O olho esquerdo um pouco mais cerrado, uma expressão de desafio, um aviso aos magos da bola que teimam em acarinhar o cautchu na intermediária: Eusébio não era apenas um mero carregador de piano; ele carregava-o, mandava-o ao chão e desfazia-lo em cacos apenas com o uso da sua mastodôntica força ortopédica. Duas sobrancelhas robustas, daquelas que definem a fronteira entre um Andrade e um Rui França. Um tufo de pêlos peitorais encarcerado pela justeza do equipamento e que teima em respirar à tona como se fosse um periscópio da masculinidade lusitana. E depois aquele subtil sorriso matreiro, qual Gioconda dos relvados enlameados com as bancadas bem próximas dos relvados e com velhas guinchadoras a arremessar pevides à careca do desamparado bandeirinha que não Bandeirinha, em jeito do anti-herói que despreza o perigo e que teima em partir as pernas dos outros quando não as consegue vergar.
Eusébio marcou mais que uma era; marcou muitas canelas por este Portugal dos brandos costumes.
Está feita a tua homenagem, Eusébio. Agora só pedimos, por favor, que não nos batas.
Aqui está Eusébio representado na flor da sua idade, pujante como nunca. Um equipamento imaculadamente negro, como negra era a vida de quem lhe tentava fazer um túnel. Uma frondosa extensão capilar, com duas pontas soltas a tombarem-lhe sobre a fronte, emprestando um elevado quilate estético a esta força da Natureza tornada jogador. O olho esquerdo um pouco mais cerrado, uma expressão de desafio, um aviso aos magos da bola que teimam em acarinhar o cautchu na intermediária: Eusébio não era apenas um mero carregador de piano; ele carregava-o, mandava-o ao chão e desfazia-lo em cacos apenas com o uso da sua mastodôntica força ortopédica. Duas sobrancelhas robustas, daquelas que definem a fronteira entre um Andrade e um Rui França. Um tufo de pêlos peitorais encarcerado pela justeza do equipamento e que teima em respirar à tona como se fosse um periscópio da masculinidade lusitana. E depois aquele subtil sorriso matreiro, qual Gioconda dos relvados enlameados com as bancadas bem próximas dos relvados e com velhas guinchadoras a arremessar pevides à careca do desamparado bandeirinha que não Bandeirinha, em jeito do anti-herói que despreza o perigo e que teima em partir as pernas dos outros quando não as consegue vergar.
Eusébio marcou mais que uma era; marcou muitas canelas por este Portugal dos brandos costumes.
Está feita a tua homenagem, Eusébio. Agora só pedimos, por favor, que não nos batas.
Este pode não ser o Eusébio que todos conhecem. Mas não deixa de ser uma lenda para nós.
3 comentários:
visitem Dragões sem Magia http://dragoessemmagia.blogspot.com/
se puderem adicionem aos links e digam qualquer coisa
Beira-Mar com Dinis "Sandokhan" e "Big eyebrows" Eusébio = virilidade pura
O "mito" (sem maiúscula) passou claramente umas horas no barbeiro antes de ir tirar a bela da foto. Isso não é muito viril. Viril era o Soeiro.
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